08/10/2009

~Tempo


Tem vezes (constantes, assumo!) que me sinto tão perdida de mim, tão roubada... E tudo o que eu desejo é possuir de volta o que é meu, (foi meu, e deverá permanecer assim sendo) meu por direito. Mas me deparo com uma coisa com a qual não contava. Quem tirou de mim tal coisa de insúbistituível valor? Quem me robou? No mesmo instante pergunto-me: Se fui roubada de tal maneira terei eu me permitido? Se eu desejo ter tal valor novamente em mão, em minhas mãos, porque eu me permitiria perdê-lo?
Os dias passam e tudo o que um dia foi de prioridade e de insubstituivel valor vai caindo no esquecimento como frutas a tempos amadurecidas... Despencam aos meus pés, pensamentos, desejos, e eu os piso e sigo adiante. 
(Sim, eu os piso, eu os esqueço)
Tempos depois, bate uma saudade, saudade de um tempo vivido, um sentimento bom, de pensamentos deixados de lado, planos e coisas inacabadas (ou mal acabadas).
São nesses momentos que me dou conta de que existe uma série de coisas que eu deixei escapar de mim. É exatamente nesses momentos que eu me sinto roubada.
E volto a me perguntar, "quem me roubou?" Terei eu sido roubada pela idade? Teria o tempo o poder de nos tirar o que acreditamos?
Sinto que a fé não pode ser roubada... então eu teria aberto mão da minha?
E a inocência, ela permanece ou se esvaiu com aquelas idéias citadas que cairam no esquecimento?
A vida dá tantas voltas, a cada dia um sentimento novo surge ou se camufla para nos dá a impressão de que algo de novo (e na maioria das vezes, algo bom) está nos acontecendo. Nós em nossa imensa ignorância caimos nas armadilhas do destino (destino... existe? Mais isso já é uma outra coisa...), nos iludimos e desiludimos com uma facilidade que me choca, me choca e me fascina, somos mutantes, gostamos e desgostamos, perdemos tempo, achamos, perdemos amores, resolvemos problemas, fugimos do tema... Fujo de minhas idéias iniciais... Me expresso, me conheço e desconheço.
E hoje como uma estranha perco essas palavras, palavras que por hoje me pertencem e que nem o tempo ainda me tirou nem eu me permiti esquecê-las.

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Rerlyn Le Fay disse...

O que se pode dizer frente ao tempo? "Que se cumpra a Vida!"...
Que para tudo perdido ou revisto, ou silenciado, venha à tona a bênçãos da Vida para que o seu caminho se construa sem perdas, mas com sabedoria...

 
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