De todos os prêmios possíveis fui eu quem ficou com o troféu.
Pergunto com grande frequência se era merecedora do prêmio...
Creio que nunca fui. Mas não por ser menor ou inferior a ele. Sempre me
questionei se queria de fato ter a responsabilidade de cuidar dele. Afinal, para mantê-lo sempre belo é necessário cuidar,
lustrar e guardar bem. Além disso, ocupa um grande espaço na minha casa, na
minha vida e me trás limitações. Não é
tão fácil de me locomover com ele e já que é de minha responsabilidade tenho que
mantê-lo sempre por perto. Além do mais, tem uma série de coisinhas pequenas
que vieram juntos ao troféu, bens de grande valor dos quais também não há
possibilidade de me desfazer; não se mantiver o troféu comigo.
E é isso que tem pesado tanto e me feito querer rever se vale
a pena carregar o prêmio.
Vejamos...
Se não reivindiquei prêmio algum, poderia simplesmente abrir
mão!
Mas aí é que começa a ficar tudo complicado...
Já dediquei muito tempo de minha vida em função do prêmio e
quando há dedicação há envolvimento... Envolvimento esse que trás (além de todo
o resto) apego.
Vejo-me agarrada a um troféu que sequer possuo, e por não
possuí-lo me desgasto e me adoeço.
Então me vem à questão crucial: “De quais pesos é necessário se desfazer para continuar a caminhada?”.
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