Tem momentos que (incrédula) me questiono... por que falar? Eu não poderia semplesmente silênciar e ficar observando as coisas, as pessoas? por que não apenas ouvir? Não seria o suficiente?
Mas eu sei que para mim não!
Lógico que não seria o suficiente apenas ouvir.
Por que de uma maneira obsessiva, compulsiva, talvez até doentia, eu precise me expressar...
As palavras que uso, por mais smples que sejam expressam alguma coisa do meu íntimo, e então me dou conta de que não saberia mais silênciar, não depois de ter me permitido dizer algo, não depois de ter experimentado o sabor das palavras pronunciadas!
As palavras depois de ditas são saboreadas, uma por uma, e eu adoro poder sentí-las, eu adoro o domínio que tenho sobre elas e a força que elas exercem sobre mim.
Depois de tal momento sou puro sentimento.
Sentimento que se cria dentro de mim, que cresce na medida que os dias passam, sentimento que amadurece na medida que utilizo as palavras; na medida que falo!
E eu falo constantemente!
Talvez seja para aumentar o meu ego, talvez seja para chamar atenção, ou talvez seja para provar para mim mesma que estou viva e que tem uma série de sentimentos dentro de mim, sentimentos que eu criei e que eu posso usufruir de tal. Posso sentí-los um a um atráves das palavras que muitas vezes subestimo, mais que jamais me subestimam.
Elas são companheiras fiéis... Embora eu não seja tão fiel assim.
Nem sempre são bonitas, ou muito menos doces, mais são minhas! No momento que eu as sinto, que eu as pronuncio elas são inteiramente fieis a mim.
E é assim que vivo... tem dias que adoro as palavras, tem dias que as odeio. Tem dias que desejo ocultá-las...
Mas mesmo assim elas encontram uma forma de saírem, mesmo que tímidas ou poucas e elas são minhas, sou eu, são meus sentimentos... Na sua forma mais pura e fiel!
| comente (:
Postar um comentário