Sentimento intrigante de sonetos distorcidos.Hoje sou o som das minhas palavras mal pronunciadas, mal ultilizadas, mal interpretadas... Palavras mal ditas!
Sou o leve bater das minhas pesadas asas que me permitem deslizar durante uma brisa suave.
Sinto o percorrer dos teus olhos curiosos sobre mim...
Porém hoje não posso proporcionar muito prazer a visões, direcionadas ou não a mim.
Hoje não sou pessoa, hoje sou ar, sou vento, sou leve, sou brisa.
Hoje sou suor, sou lágrima, sou céu e sou chuva.
Sou um lenço de papel pouco absorvente que começa a desmanchar-se pelas bordas.
Sou gota de orvalho, sou o cheiro de cada manhã...
Sou fraca, falha, imperfeita, indecisa...
Sou um pedaço de papel cheio de rabiscos.
Hoje eu só não quero que tenha sentido. Não há necessidade.
Por hoje me basta respirar. Tal sensação me enche de vida!
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