Com facilidade alcança-se o nível de desagrado.
É frio como pedra de gelo que aperta e contrai o peito. Como um abraço que não se quer.
Sabe assim, ir beijar-lhe a face e a privilegiada, sorteada e merecedora de seu afeto virar-se e fugir do seu singelo carinho?
É tapa na cara de mão aberta com todos os dedos muito bem marcados. (Dou ênfase a essa palavra) – MUITO, porque tudo que é pouco não me apetece.
É lágrima quente e que lava o rosto.
É abraço apertado mesmo, mas não abraço do qual se faz morada. É abraço de dor, e que dói. Abraço de posse, de quebrar os ossos.
É constante fuga. E ainda assim busca.
É... Sou...
Ela e eu.
É pura.
É bela.
Mas ainda assim triste.
Cheiro do dia: Grito contido. Abafado. E com P.S.*
P.S.* – Embora já houvesse percebido há muito que sou outono, só a pouco percebi que só sei chover (Assim como Macabéa, se a mesma me der licença e permissão para citá-la aqui), mas só assim sei ser e somente ser. Percebi que sempre que tento florescer renego uma parte minha. A que por mais incrível que pareça tenho como a minha melhor. Percebi que não tenho muito a dizer, a fazer, ou a provar. Eu me pertenço.
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