Entre galhos
secos que se entrelaçavam como se dançassem no vento frio e com os pingos leves
e miúdos da chuva que caía paciente era possível observar uma luz amarelada e
opaca lá no alto... O céu escuro que sempre pesava toneladas não estava mais
leve, mas ganhava um brilho discreto aos poucos, com o tempo.
O que brilhava?
O céu ou os meus olhos, ali, deitada no chão?
Por alguns
instantes pensei na loucura que era haver explicação para tudo!
E a magia das
coisas pelo simples fato de serem elas mesmas? Isso não precisa de explicação,
basta que se sinta e que se viva! Tudo se mistura e se dissolve tudo parte de
uma mesma matéria inicial, ou, quem sabe, de uma mesma vontade.
As frases se
misturavam, assim como os feitos, não havia mais ordem cronológica, chão, teto,
parede e palavras soltas. Mãos que se tocam e olhos que brilham intensos,
inúmeros!
E pra surpresa,
enfim, o dialogo:
_Você é uma
pessoa linda, sabia?
_Você que é! Eu
queria agradecer por você está aqui, foi um presente!
(Sorrisos e
lágrimas, e eis que surge uma tapa na cara!)
_Ai, ai... É
muito amor pra uma vida só!
_É nada! (...)
Na verdade é muita vida pra um amor só! (Gargalhou).
Chorei por
dentro. Juntos gargalhamos.
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