Se a
gente se perdeu realmente um dia...
Fico
me perguntando nas possibilidades de perca e de encontro, de reencontro... De
reconhecimento... Diante disso me questiono de como isso poderia ter
acontecido. Será que foi porque a gente se permitiu? Ou será que a gente se
perdeu porque automaticamente nos ligamos de uma forma inseparável? Eu não
sei... Às vezes é difícil saber até onde é que começo e onde que acabo... Onde
que respiro e onde que te deixo respirar. Essa sensação de não se saber os
limites de quem se é se torna perigoso quando não estamos sozinhos, mesmo que
estejamos... Você entende o que eu quero dizer?
Encontro-me
ao te olhar, porque você é uma daquelas pessoas que olha de volta. Você me olha
de volta. Mas sempre que você me olha de volta eu me perco de mim... Eu tenho
aquela estranha sensação de que estou numa queda constante, e eu sei, eu sei...
Não precisa me explicar que estou em
queda porque sei que todos estamos e tudo isso são apenas condições e todo o
resto... Eu consigo entender isso tudo, mas eu penso; você entende? Você
entende quando eu digo que me sinto caindo num buraco sem fim e os seus olhos
por vezes (muitas delas inclusive) parecem zombar de minha queda? Por mais que
você caia junto, não precisava me observar cair assim, não precisava me
desnudar tão francamente porque eu ainda tenho os meus pudores e medos e
anseios e toda uma grande lista de medos!
Eu
só me vejo em queda quando você me olha assim.
O
pior da queda é porque você sorrir, e quando você começa a rir não vejo outra
possibilidade se não a de saber que você entende o que estou tentando dizer e
simplesmente aceitar o fato de que você não pode fazer nada! E é daí nasce a
minha raiva...
Como
eu te odeio! Como eu me odeio! E como eu não consigo odiar tudo de verdade!
São
tantos planos e desejos partilhados que me questiono por vezes de quem foi a
ideia de viver tudo isso assim... Sem ideias, sem planos, sem rumo... A gente
se atropela, e se machuca, e se mata um pouquinho a cada dia... E no fim a
gente se ama como se dependesse da presença da outra. Às vezes penso que sou
louca, que somos... Seria mesmo tudo isso uma grande loucura?
Sem
receios, sem promessas, sem interpretações errôneas... Eu te amo, e por mais
que eu odeie o fato de precisar tanto te ter por perto eu amo o fato de saber
que você sempre estará... De qualquer forma que seja eu sei que você sempre
estará comigo...
P.S.
– Eu não tenho sequer a resposta de quem sou, não me faça perguntas difíceis,
não tenho como encontrar nada, aqui, além de mim.
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