1ª fase:
Nunca há de
bastar! (Repetia isso em minha mente,
como um mantra, uma proteção... Repito e repito todos os dias numa busca
infinita...)
A consciência
na plenitude e na incapacidade de alcançá-la angustia.
As espirais
que nos fazem girar sempre em movimento contínuo e na mesma direção parecem decidir
por nós mesmos num fluxo infinito e sem volta... Seria isso o eterno? Essa sensação de que se está indo para um
lugar que nunca se chega?
2ª fase:
O céu que se
coloria mais e mais ao passar do tempo pesava no meu estômago e nos meus
pulmões. É sufocante viver... Viver! Por alguns momentos havia me esquecido que
vivia! Seria essa sensação de estar perdido finalmente o tão desejado encontro
comigo mesma? Será que há de fato a necessidade de se perder para poder se
encontrar? O encontro que não se dá na
busca... Mas no acaso!
O meu coração
que quase não cabia mais no meu peito pulsava tão forte que por dentro eu era
só calor!
Por fora eu
era dança, sorrisos e abraços. E me camuflava em meio a tantos outros que
também eram dança e sorrisos, música, céu, terra e orgasmos!
Dei-me conta
de que para “ser” algo basta seguir
adiante... Aquela velha história: “Para ser;
basta ser.”
Bastava a mim
a minha respiração.
3ª fase:
Os cabelos
misturados a grama e cheios de orvalho. Um céu que estava nublado sobre nossas
cabeças cheias de idéias escuras como flashes, lapsos de memória. Estaria eu
sonhando? Teria por algum acaso dormido na grama e sonhava ainda estar
acordada? Estaria eu prestes a desmaiar? E mais!!! Quem garante que não somos
sonhos? Alguém bem maior imagina nossas vidas e vamos apenas seguindo ideias do
cérebro de um desconhecido? (seria esse desconhecido o tão chamado ‘Deus’?) Isso explicaria o motivo da não
escolha... O que tantos chamam de destino.
Seria esse o
meu destino então? O eterno questionamento?
Por que existe tanto medo de perder o controle das coisas? (Fez-se uma pausa na vida, na minha...) Alimentamos o medo da insanidade vivendo entre insanos...
Cheiro do dia: Fogo e ferrugem!
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