Por todas as
semanas que se passaram desde sabe-se lá quando e por todas as horas que
reprimo meu desejo de escrever, por falta de tempo ou paciência, hoje me
permiti parar e dizer o que sinto/senti, finalmente, aqui estou.
Foi uma
bagunça danada esse fim de ano, primeiro tinha toda aquela polêmica de que o
mundo ia acabar (e eu juro que acreditei, e ainda tenho em mim um receio de que
do nada dê algum ‘puf’ em algum lugar e as coisas se desconcertem ainda
mais...), depois teve toda uma reviravolta familiar (não na minha família, ao
menos isso, mas numa família que querendo ou não eu faço parte), e eu no meio
sem saber direito o que dizer ou que rumo tomar. Se teve uma coisa que me fez
sentido nesse tempo foi a tal da ‘clareira do ser’ que tanto falam na
faculdade. É tudo tão confuso que só se é possível enxergar uma possibilidade
para seja lá o que for, e ainda assim não é uma visão limpa nem nada... Mas ok
né, isso ainda era o final do ano. Sei lá, sei lá, por alguns momentos até
citei a frase “sinto melhoras, isso deve ser os ventos de 2013” eita, é uma
vontade de se convencer de que o melhor sempre está por vir! Sei não!
Mas tudo
caminhava em direção a algo novo, mesmo que não fosse necessariamente bom.
Em meio a viagens,
a volta antecipada, a confusão sem tamanho e cheia de ameaças, a saída de casa
e a dúvida do “E AGORA?”.
Foi
interessante porque ouvi uma fábula sobre “jogar o burrinho do precipício” umas
três vezes (no mínimo, e eu nem sei o nome dela!) e faz todo o sentido do
mundo.
Pois, que seja,
o burrinho foi jogado ladeira abaixo!
Haja
ligações, lágrimas, raivas e consolações. São nessas horas que vemos quem
realmente são os nossos amigos. Mas vale salientar que eu sempre soube quais
eram esses, e sempre saberei.
Mesmo com
tanta gente perto, ajudando e dando apoio, bate uma insegurança, uma tristeza,
aquela angústia apertando o peito antes de dormir. Chega à insônia e a noite
parecia não ter mais fim. Mas teve. As semanas passaram. No meio de tanta
procura, encontramos casa, fizemos mudança, comecei a trabalhar... As coisas
não acontecem como a gente planeja, mas elas acontecem, cabe à gente criar um
final melhor para um começo desastroso como esse.
Partilhamos
sorrisos e lágrimas. E num dia em meio a muitos sorrisos percebi o quanto somos
frágeis. Vi que a vida é só um sopro, e dura até que ele nos falte. E ele
faltou. A ficha parecia não cair, e só caiu (se é que realmente caiu) muitos
dias depois.
Seja como
for, temos que voltar para as nossas rotinas e cuidar das nossas próprias
vidas. Não podemos desistir de nós mesmos, então vamos seguindo!
Esse ano mal
começou e já aconteceram tantas coisas que parece até que vivi um ano por
semana. Me sinto como se tivesse envelhecido uns dez anos nessas “férias”. Me
sinto sempre cansada.
Gostaria,
através desse post, agradecer a todos os que me ouviram, os que deram/emprestaram
dinheiro, os que ajudaram a procurar casas, os que mesmo de longe se
preocuparam em ajudar, em ligar, em receber notícias e até mesmo aos que nem
mesmo atendem minhas ligações ou respondem minhas mensagens. Não me dói não ser
respondida, o que me dói é toda essa distância criada sem nenhum motivo
aparente.
Para quem
partiu: Descanse em paz! (De um coração que por mais que se mantivesse distante
sofreu com a notícia).
Para os que
permanecem aqui: OBRIGADA por tudo, amo vocês!
P.S. - Desculpem o meu "pernambuquês" mas essa sou eu, e eu só queria desabafar.
2 Comentários:
Eu te amo, sabia disso?
Keilla, não sei o que aconteceu na tua vida, porque nunca fomos próximas, nem amigas, sequer lembro como foi que a gente se adicionou nessas internets da vida. Só fiquei sabendo que vocês foram morar sozinhas por causa de uma foto de Rerlyn.
Mas enfim, mesmo sem saber os acontecidos - a gente não precisa mesmo - te dou meu apoio. Não sei se te serve, para mim sempre serve um calor oferecido, ainda mais quando é a única coisa que a pessoa pode me dar. E é só isso que eu posso te dar, nessa distância toda que me encontro agora. A vida é esquisita mesmo.
Força e fé e foco e luz e tudo o que bom que possa ser ofertado a alguém é o que eu desejo para ti.
Beijo.
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